quarta-feira, 31 de março de 2010

LEMBRAM-SE DO JOVIANO DA CONCEIÇÃO?

O título do post dirige-se mais à malta da 1ª CART que ficou no Piri e que podem ter estado em sobreposição com a unidade do Joviano.

No post abaixo, o Joviano deixou uma mensagem.

Na mesma altura mandou-me um e-mail em que me indica um link para uma apresentação que preparou e colocou no Youtube, sobre a sua estada em Angola, no Piri e no Fortim do Dange, por onde parte da malta do BART 6222/73 também andou, mais cedo que nós, com uns poucos meses de sobreposição: nós fomos em Novembro 73 (não sei em que dia) e o Batalhão regressou em Abril 75.

Digo o Batalhão, sem me incluir, porque eu e o Filipe Santos, furriel do meu pelotão, ficámos mais dois meses a tratar de questões do serviço de Justiça, a curtir na noite e nas praias de Luanda, sem unidade e, se bem me lembro, sem estarmos no Depósito de Adidos...

Para verem a apresentação do Joviano é só clicar aqui

segunda-feira, 29 de março de 2010

CONVÍVIO ANUAL 2010 - CCS DO BART 6222/73

CLIQUEM NAS IMAGENS PARA AMPLIAR E LER




No 1º fim de semana depois da Páscoa, no sábado, 10 de Abril, vai realizar-se no Forum de Vizela mais um convívio da malta da CCS do BART 6222/73.

Vai ser o 35º!


Se não foi contactado, se o seu nome não está na lista de endereços conhecidos da malta, esta é uma boa altura de se juntar ao grupo.


Telefone para o Bernardino Ferreira, 932420063 ou para o "Irmão", o Manuel Martins, 937244133 .


As coordenadas do parque de estacionamento em frente ao Forum são:


41º 22' 43,23" N


08º 18' 34,57" W


É só meter as coordenadas no GPS e não tem nada que enganar!


Desgraçadamente, este ano (também) não posso ir...

quinta-feira, 25 de março de 2010

O FALSO GUIA - NOVO CONTO DO MANUEL LOPES

O texto chegou sem duas fotos que nele eram referidas.

Se, entretanto, as fotos chegarem, insiro-as nessa altura. As imagens que acompanham o texto são minhas e destinam-se apenas a aligeirar o post, equilibrando as manchas de texto com alguma imagem. As referências às fotos são minhas e vão entre parênteses, em letra menor.


O Falso Guia, por Manuel Lopes

"A minha comissão militar na guerra colonial em Angola, foi cumprido um ano em Quibaxe Dembos, o resto da comissão foi cumprida em Catete, no meu quartel em Quibaxe havia um senhor negro com o nome Domingo, tinha pertencido aos quadros do M.P.L.A.

Num combate, este senhor foi capturado e feito prisioneiro de guerra, com esperteza e sabedoria convenceu os nossos oficiais a libertarem-no, passou a ser o senhor Domingo e a ter mais liberdade no nosso quartel coisa que nós tropa portugueses não tínhamos, sempre se mostrou muito interessado em colaborar com a tropa portuguesa contra os guerrilheiros dos partidos de libertação de Angola, com informações de tudo o que sabia, ofereceu-se ao nosso comandante para ser guia das nossas tropas em todas as saídas que faziam à mata.

Nas operações que fazíamos às matas, o guia arranjava sempre desculpas, pedia ao alferes para ir fazer reconhecimento dos trilhos, aconteceu muitas vezes sairmos dos trilhos certos seguirmos por trilhos errados e entramos nos territórios do inimigo, ou andarmos horas e horas perdidos sem saber o que fazer.

Numa operação quando o guia pediu para avançar para fazer reconhecimento dos trilhos, eu pedi ao alferes Sousa (na foto ao lado; o mais alto é o alferes Glória, já falecido) para me deixar ir com o guia, expliquei-lhe a minha intenção, o alferes chamou o guia e deu-lhe a notícia, ele não acatou as ordens, meteu-se a correr pelo capim fora, deixou-nos desamparados e perdidos, subimos e descemos serras, andamos por rios com água pelo pescoço, apanhamos chuvadas sem conta, andamos debaixo de calor abrasador, por capim alto que nos obrigou a separar-nos e a perdermo-nos uns dos outros, o nosso sofrimento era tanto que chegamos a desejar que os turras nos atacassem e nos matassem a todos, a certa altura ouvimos um tiro e a chamarem o guia era o alferes, foi assim que se juntamos todos e o guia também, assim que eu o vi chamei o alferes e pedi-lhe para quando chegasse ao quartel fizesse queixa dele ao comandante que ele era traidor, o guia começou com desculpas e a chamar-me de racista, eu só respondi que no local e na hora certa ia-mos ver quem era racista.

A nossa chegada ao local da partida estava marcada para o por do sol, quando chegamos já eram altas horas da noite, cheios de fome e sede e com os pés a sangrar, a sede era tanta, que ao passar por um charco feito pelos animais, todos nós com tal sofreguidão deitamo-nos a beber a água, a molhar a roupa e o corpo sem repararmos que era mais urina do que água e toda a espécie de bicharada.

Ao começarmos a caminhada, apareceu um velho negro aos gritos a pedir ajuda, que os turras tinham-lhe destruído a tonga de milho para roubarem as espigas, nós não ligamos, era uma jogada do nosso guia com os turras para acabarem com o nosso grupo todo, porque naquele momento estávamos de rastos não tinhamos nenhumas condições para responder ao inimigo, era um doce para os turras, o guia ainda começou aos saltos a querer obrigar o alferes a fazer a perseguição, eu estava revoltado com tudo a que já tinha assistido e pedi ao alferes que mandasse o guia sozinho, que todos nós iríamos ver o resultado final porque nós não tinha-mos nada a ver com aquela jogada suja, mais uma vez, o senhor Domingo chamo-me turra e racista eu não respondi à provocação porque vi que este senhor já estava a entrar em desespero, só perguntei ao alferes se já tinha compreendido alguma coisa do que eu tinha dito a respeito aquele senhor, respondeu-me que nem queria acreditar mas que era tudo verdade quando chegasse ao quartel que contava tudo ao comandante, tudo isto fez, mas não valeu de nada, continuou a ser um senhor para o comandante.

Regressámos ao local de partida à Sanzala do Quipaulo, encontramos as viaturas para nos transportarem para o quartel, os nossos colegas das viaturas e da escolta já pensavam no pior que nos tinha acontecido, partimos de regresso ao quartel, gastamos algumas três horas para chegarmos todos em farrapos mas com o dever cumprido.

Eu andava sempre com tudo aquilo a mexer na minha cabeça, não sou e nunca fui racista, não gosto de ouvir falar em tal palavra, a falsidade não ligava com a minha maneira de ser, sério, honesto, educado, amigo do meu amigo, sacrificava-me para dar o meu melhor na minha especialidade de enfermeiro para bem de todos, sem olhar a cores defeitos feitios especialidades e graduações, por tudo isto sentia-me ofendido e revoltado quando via traições, mas sempre com a ideia que tinha que ser eu a fazer algo para descobrir e colocar as verdades à frente de quem mandava em nós e consegui, eu ao ver aquela figura no meu quartel, com o à vontade e mais liberdade do que toda a nossa malta, o que mais me deitava a baixo era vê-lo a rir ao passar por mim a provocar com a intenção de eu o agredir para fazer queixa para eu ser castigado e vingar-se de mim por eu o descobrir, mas nunca lhe fiz a vontade consegui saber esperar pela hora certa.

Falei e lidei sempre educadamente com o senhor Domingo como o fazia com todas as outras pessoas, a seguir a todos estes acontecimentos, a primeira vez que ele se dirigiu à enfermaria e eu a trabalhar como enfermeiro de dia a pedir-me que eu o atendesse, eu como o fazia com todos, prontifiquei-me, perguntei-lhe o que tinha e o que precisava, respondeu-me em provocação que não precisava dos brancos para nada e que era racista, só queria que eu lhe desse uma sacada de medicamentos para ir entregar ao grupo do M.P.L.A à mata e, que ia dar ordens para me matarem, eu não mostrei medo e mandei-o repetir o que ele acabara de dizer, ele repetiu e disse, que só queria ter tantas moedas de cinco tostões como cabeças de brancos já tinha cortado, eu não esperei que ele abrisse a boca para dizer outra palavra, a primeira coisa que encontrei foi uma garrafa de champanhe cheia de álcool dei-lhe com ela na cabeça que caiu logo no chão, ficou com o couro cabeludo separado ao meio pendurado metade para cada lado parecia as orelhas dum elefante, perguntei-lhe se sabia com quem estava a lidar e quem era racista se era eu ou ele, que saía dali com vida e com a cabeça cosida se fizesse a jura sagrada de joelhos e, se fosse embora e nos deixasse em paz sem sermos atacados pelos turras colegas dele, ele fez a jura sagrada de joelhos, (sangue de Cristo eu vai embora não volta mais e não chateia branco), eu rapei-lhe o cabelo e com a sebéla do calçado, com o cordel e o alicate cosi-lhe a couro cabeludo todo, desinfectei tudo com álcool e enrolei-lhe vários rolos de gaze na cabeça parecia um árabe, no fim pedi-lhe para se mirar ao espelho que estava muito lindo.

Quando se viu ao espelho até saltou de contente por ficar tão lindo com um gorro branco e vermelho, (manchado com tintura) mas disse-me logo que os amigos quando vissem também queriam, eu respondi se quisessem havia para todos, o senhor Domingo saiu da enfermaria com a promessa de não voltar, eu satisfeito por conseguir o que queria e ter o meu dever cumprido, mas passado uns cinco minutos ouvi gritos e ralhos fui ver, era o senhor Domingo tão vaidoso que ficou com o seu gorro, foi ter com o Viana cozinheiro mostrar-lhe o gorro e exigir-lhe comida da boa, porque ia de viajem para Luanda e quem mandava ali era ele, o cozinheiro já sabia tudo, eu já lhe tinha contado, andava-mos todos ao desafio para ver quem era o primeiro a tratar-lhe da saúde, deu-lhe comida da boa com a pá de madeira do caldeirão da sopa pela cabeça a baixo, lá se foi o gorro, braços, costas, foi por onde o apanhou, só sei dizer que vi o senhor Domingo a saltar o arame farpado a toque de comida de pá do caldeirão, até hoje não sei a onde para o senhor Domingo.

Só eu e o Viana é que sabiamos o final da história do senhor Domingo, todos perguntavam por ele, mas ninguém sabia responder e quem sabia andava calado."

sábado, 20 de março de 2010

MAIS MALTA DE QUIBAXE 2



Aqui vos deixo mais duas fotos de malta de Quibaxe. Na foto de cima, não me lembro dos noves de dois dos camaradas (um parece-me que é o Asa Negra, mas não tenho a certeza).

Na foto ao lado, é malta do pelotão de sapadores, de pé: o Ferreira, à esquerda e o Sampaio, à direita, não me lembro dos nomes dos dois do meio. O de bigode creio que é o Zé Silvério de Odemira.

Na fila da frente, creio que são condutores, mas não me lembro dos nomes.

Isto é que é uma porra de memória, hã!

"O MEU 25 DE ABRIL" - PELO MANUEL LOPES

Recebi do Manuel Lopes (foto ao lado, daqueles tempos) dois contos que aqui vou publicar, a começar por este, com o título "O meu 25 de Abril".


"Dia de festa dia dos cravos em Portugal, dia de guerra nas matas dos Dembos em Angola. Foi um dos dias mais perigosos e terríveis da minha comissão militar.

Saímos às 4 da madrugada para a mata, já nascia o dia, coisa linda, só vendo, não há explicação, o que fazíamos todos os dias, para fazermos reconhecimento e protecção à população branca e negra nas roças e sanzalas.
Só o alferes e o furriel sabiam o destino, ao passarmos à ponte do rio Tanda que era feita de troncos de árvores, o rio era estreito mas com muita profundidade e rochoso, ao passarmos a ponte, primeiro passaram as viaturas, depois os soldados a pé. Reparámos que havia alguma coisa estranha por perto, os macacos e as aves andavam muito agitados, mas não ligámos.

Seguimos o nosso destino, em pouco tempo choveu e trovejou tanto que fez-se de noite, os relâmpagos pareciam serpentinas e arco-íris no céu, parou de chover, alguns quilómetros à frente encontramos o rio Tanda com um grande caudal e fortes correntes de água, como sempre, tivemos que esperar que baixasse para passarmos, um condutor tentou meter-se ao rio com o burrinho de mato com alguns curiosos, mas a corrente era forte abalroou-os contra as rochas, só o transmissões perdeu a antena do rádio, passamos horas à espera até que conseguimos passar o rio em segurança, eram nove horas da manhã chegamos aos cafezais que pertenciam à roça Maria Fernanda.
Começou outra vez a chover parecia um dilúvio, as picadas da roça transformaram-se em rios, o pó em barro escorregadio, a Berliet onde eu ia escorregou e tombou para um precipício, não tivemos tempo para saltar, todos nós pensámos que era o fim, o que nos salvou foi um tronco de árvore que amparou a viatura, esperamos que parasse de chover e que as picadas secassem, o que levou algumas horas.

Seguimos em segurança, chegamos ao portão da roça, encontrámos o senhorio que era um branco muito nosso amigo, nós até levávamos uma encomenda de grades de cerveja para ele, estava muito exaltado nervoso e agressivo, o que não era normal, a pedir para não entrarmos, todos nós imaginámos o que era, avançamos com as viaturas, rebentámos com os portões e partimos em grande velocidade, deixamos o homem a praguejar e a pensar mal da vida dele.

Alguns quilómetros à frente, encontrámos a habitação da roça, andavam todos agitados, os empregados negros mostravam-se cheios de medo o que nunca tinha acontecido, a esposa do senhorio colocou-se à frente das viaturas e mandou-nos sair da roça que não precisavam da nossa protecção, eu fui o porta - voz de todos os meus colegas, dirigi-me à senhora, pedi-lhe que se acalmasse que no dia anterior tinha sido tratada na enfermaria do quartel por mim, que não tinha esse direito porque tinham o hospital civil, eu tinha reparado mais para o ser humano do que para as leis, que se acalmasse se queria continuar a ter o mesmo tratamento, só gritava que não precisava da tropa para nada que saíssemos da roça para fora, eu com muita calma pedi que me desse água para mim e para os meus colegas, ela foi logo buscar um garrafão de cinco litros cheio de água mas exigiu-me vinte escudos, eu com sangue frio, tirei-lhe o garrafão das mãos matei a sede e dei aos meus irmãos tropas brancos e negros, não quis ouvir mais o que a senhora dizia, fui encher o garrafão as vezes que foram precisas, entreguei-lho vazio ela pediu-me o dinheiro, atirei-lhe com o garrafão para junto dos pés.

Os nossos superiores deixaram o aviso que a partir daquele momento acontecesse o que acontecesse não voltávamos a dar-lhe protecção e socorro. Ao passarmos o portão da roça ouvimos gritos de provocação e ameaças, eram os turras que iam no cimo do morro carregados com tudo o que precisavam, da alimentação às munições e medicamentos, tudo que nós tropa fornecíamos às roças, era tudo o que nós tínhamos imaginado.

Passado um mês, estavam o casal desta roça no quartel a pedir socorro e protecção, tinham sido atacados pelo grupo de turras, que se iam abastecer lá, mas como a tropa não tinha deixado material não levaram nada e atacaram, destruíram tudo, as ordens que havia era para eles pedirem protecção aos turras, foram postos fora do quartel.

A nossa marcha continuou com direcção ao Coche, ao atravessarmos uma clareira que ficava entre duas montanhas idênticas às das serras de Aire e Candeeiros, fomos surpreendidos por um grupo de terroristas do M.P.L.A, deram ordem ao nosso alferes, para se dirigir com alguns deles ao cimo da montanha, a onde se encontravam os superiores, o resto do grupo mandou-nos sair das viaturas, e colocarmo-nos sentados no chão sem armas, que tinham ordem para a primeira reacção nossa nos abaterem a todos, eram centenas de armas apontadas a nós, passadas algumas horas, apareceu o nosso alferes muito revoltado, com a notícia que tínhamos que deixar ali todo o material que era para ficar na roça Maria Fernanda, se não que ninguém saia dali com vida, ele deu ordem aos turras para levarem tudo e que nos deixassem irem embora em paz.

As horas que tivemos no terreiro à espera do alferes, fomos informados pelo chefe do grupo terrorista, que nos disse que nos andavam a perseguir desde que saímos do quartel, que tinham ordens de nos abaterem ao passarmos a ponte do rio Tanda, mas que não o fizeram porque no momento exacto receberam uma ordem contrária via rádio, que o enfermeiro que estava naquele grupo andava a tratar e muito bem o paludismo ao enfermeiro deles sem sabe, que lhe oferecia muitos medicamentos, que ele levava para o grupo para a mata, se continuasse assim que os grupos que ele acompanhasse nunca iriam ser atacados, naquele momento viemos a saber que agitação era aquela no cafezal junto à ponte.

Partimos dali sem medo, de regresso ao quartel, o dia já se despedia, de vez em quando caíam trombas de água, mas não metiam medo, ficávamos molhados mas logo ficávamos secos, ao chegarmos a uma sanzala a alguns quilómetros de Quibaxe, desabou um temporal que nunca tinha acontecido coisa igual, chuva, trovoada, relâmpagos, e vento forte que levava as telhas de zinco das sanzalas no ar, ouvia-mos a zunir, e nós escondidos atrás das viaturas para não sermos retalhados por elas, o que aconteciam a árvores de grande porte, as chapas eram levadas pelo vento para muito longe, quilómetros e quilómetros, fomos obrigados a esperar algumas horas.
Enquanto esperavamos, o Silva, um tropa e colega negro que era natural daquela sanzala, pediu aos superiores para ir a casa dos pais buscar um rádio, para irmos ouvindo musica enquanto esperávamos que a picada ficasse em condições de partir, deram-lhe ordem, já vínhamos a chegar à entrada de Quibaxe quando colocou o rádio em alta voz, no programa da rádio turra com sede em Brazzaville, para ouvirmos a notícia que tinha havido uma revolução no puto, no continente, a onde o locutor pedia cuidado, que tinha sido uma revolução orientada pelo assassino Spínola, nós não ligamos, porque notícias como aquelas, ou piores, eles transmitiam todos os dias só para nos aterrorizarem, chegamos ao quartel não se ouvia nada a respeito a revoluções, só passados três dias, o nosso comandante reuniu a companhia e transmitiu o acontecimento, a seguir ao dia vinte e cinco de Abril é que foi sofrer deixou de haver guerra na mata para haver guerrilha nas aldeias, vilas e cidades.

Foi assim que passei o meu dia vinte e cinco de Abril de 1974."

sábado, 6 de março de 2010

QUIBAXE - CARVALHO MONTEIRO

Clique sobre as fotos para as ampliar


Do Carvalho Monteiro recebi mais esta série de fotos do dia a dia dos tempos que passámos em Quibaxe.

No mail vêm alguns comentários sobre a identificação de malta que aparece nas fotos de um dos posts anteriores e que coloquei lá.

Diz ainda que o colega que foi evacuado para Luanda de avioneta e que morreu no caminho não foi o cabo enfermeiro que indiquei.

E tem toda a razão: o cabo enfermeiro era o Soares e foi na avioneta a acompanhar o ferido, o Gil, furriel vague mestre, num desastre de unimog na estrada do Piri para Quibaxe.

O Gil estava muito mal, o piloto da avioneta não o queria levar (a maca só amuito custo entrou, por cima dos assentos, eu e o Melo enfermeiro quase que tivemos que lhe dar uns safanões, para convencer o piloto...), mas lá acabou por ir, mas não aguentou e morreu antes de chegar ao hospital militar de Luanda.

Se alguém se lembrar de mais pormenores, apite.












terça-feira, 2 de março de 2010

MAIS DUAS DE MALTA DE QUIBAXE - BART 6222/73


Cliquem nas fotos para ampliar


Actualizando, aqui fica o mail do Monteiro com identificação de malta na foto acima:

"na foto em que está o Vitalino também estão o Setúbal, eu, o Lopes, o Jose Bernardino escriturário, o Pinto de Magalhães e não me lembro dos outros nomes mas parece-me que também está o carpinteiro que era de Baião, mas não tenho a certeza".

Do Zé Maria de Carvalho Monteiro recebi mais duas fotos, que aqui exibo.

No mail (que transcrevo a seguir) ele refere uma série de nomes que, creio, referem-se às duas últimas fotos (post abaixo):

"bom dia
sobre as fotos os nomes são os seguintes da direita:

fr. Melo, Azevedo, Chaves, eu, analista, Sousa electricista, Sousa cozinheiro, um condutor não me lembro o nome, fr. Relvas, fr. chapas ef. Branco, fr. Baía, alferes Goncalves mas também não tenho certeza do nome mas era de operações especiais; na outra estou eu, o maq. lopes, o maq. faustino e o enfermeiro
acho que o nome é Francisco.

Um forte abraço e estou ansioso por ter contacto com alguns desses amigalhaços"

Vou colocar os nomes no outro post a ver se faz sentido.

Nestas fotos, na de cima identifico o Vitalino, furriel do meu pelotão (sapadores). o Monteiro e mais algumas caras conhecidas, mas nada de nomes.

Na de baixo, identifico o Faustino e o Branco (ambos de bata, de pé), o Manuel Lopes, ao lado do Faustino, o Monteiro na viola e um cabo enfermeiro, o Soares.

Quem se lembrar dos nomes da malta nas fotos, desembuche!