terça-feira, 31 de março de 2009

OPINIÃO 95-96 - Dívidas dos Clubes I

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Sr José Vilhena (Ilustre Director d’O MORALISTA):

Estou desesperado! Andei anos a rosnar pelos cantos contra o bando de sacanas que se instalou no poder nos tempos do Prof Cavaco, para agora estarmos sujeitos a uma cáfila de seráficos amigos do alheio, que usam e abusam do erário público com as justificações mais idiotas que imaginar se possa. Não tenho dúvidas que nos tomam por parvos, gaita!

E não é nada que eu não tivesse adivinhado. Em devido tempo levei até si a minha preocupação ante a iminente subida ao poder desse menino de sacristia que é o nosso excelso e mui prendado Primeiro Ministro Guterres. A minha preocupação e impotência (no tocante apenas, friso bem, à iminência da desgraça referida) sintetizava-a eu no desabafo “Estamos XXXXXXX
[1]!”.

E de que maneira! O Ministro-não-me-lembro-de-quê Jorge Coelho diz que não há perdão aos clubes e que as dívidas serão pagas até ao último tostão com os 50% de verbas do Totobola, que até agora iam para a Santa Casa da Misericórdia. Esta, por sua vez, será compensada (Miranda Calha dixit) com um subsídio adequado (pago, como é bom de ver, pelo ZÉ), ou seja, o Zé paga e a caravana passa.

É fácil de ver, pois, que é o OGE que vai pagar as dívidas dos clubes de futebol, que continuarão a viver à tripa forra, com os seus dirigentes a arrotarem grosso e bacorarem alto.

E o Ministro Coelho diz-nos isto olhando-nos com uma candura, com uma bonomia que até me fez pensar por um momento que ele próprio acreditava na bacorada que nos estava a impingir.

Francamente: que nos mijem em cima, ainda vá que não vá; que nos digam que é água das malvas, isso já é gozar com o patego!

Meu caro José Vilhena, com esta cáfila à solta, não sei se não preferia o Marcelo-o-Velho ou o Companheiro Vasco. Pelo menos por uns dias, até engavetarem estes sacanas ávidos de tachos e sinecuras, e os meterem no Hotel Cá Chias (desculpe o plágio...) ou na pensão Al Jubileu.

Eu sou voluntário para lhes mijar em cima!
. . . . .

NOTA:

[1] A (auto) censura actuou.

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